O Blog do Vinícius Peixoto "Política, Cultura e Juventude” foi concebido em Cabo Frio, Região dos Lagos como um espaço reflexivo e livre, onde são publicados textos, notícias, opiniões, crônicas, artigos, charges, tiras, entrevistas e comentários sobre um variado conjunto de temas.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Quem vende o voto, perde a alma


O povo brasileiro diz que o gigante acordou, será? A minha dúvida é porque ainda não chegou o pleito eleitoral. Os eleitores do nosso país aprenderam a votar? Não sei, pois na última eleição, deu, digamos assim, a lógica. Os medalhões ganharam com folga, com raras exceções. Então, a nação despertou de um sono de anos? A resposta vai ser dada nas urnas. Se o cidadão eleger um indicado de um coronel, essas manifestações não valeram de nada. Agora, se ela renovar a câmara Estadual e a Federal, aí eu acredito que tudo valeu a pena. Só pode continuar no mandato, quem trabalhou, o resto pode procurar uma outra coisa para fazer, quer dizer, para não fazer. Vai depender do amadurecimento político de cada eleitor, os cidadãos precisam exercer sua cidadania de forma consciente e clara, sem medo de mudanças. Quem vende o voto, perde a alma. O Brasil pede uma repaginada cerebral, quem continuar recebendo cesta básica e mineiro de tijolo em troca dos votos da família, não merece está em nenhuma manifestação. Isso vale também para quem se vende por portarias, porque não é só o pobre que negocia o seu voto, as classes A e B negociam os seus “passes” com preços mais elevados, é claro. Depois não adianta cobrar e nem partir para as redes sociais, quando um acordo não é cumprido. Não podemos dizer que temos ideologias partidárias, quando na verdade temos “bolsologia” partidária: eu sou amigo do meu bolso. As minhas ideias não podem partir das cifras ou das vantagens que o candidato X ou Y vai me dar, isso não é pensar na sua cidade ou no estado em que você mora. Isto se chama desvio de caráter. Nem pense em dizer que têm filhos e contas para pagar, pois todos nós temos, essa desculpa não cola mais. Quando chegar outubro de 2014, precisamos ter uma memória de elefante, e dentro da gente fazermos uma retrospectiva de tudo que passou até ali. No momento da urna, depositar o nosso verdadeiro protesto, e consertarmos a bobagem que fizemos nas eleições municipais, quando acabamos elegendo os mesmos usurpadores de outrora. Pense, reflita e depois me conta.

Luiz Claudio Junior
Jornalista