Em São Paulo, as manifestações em virtude do aumento das tarifas de ônibus e Metrô foram muito violentas, hà quem diga, que é um ato político para desestabilizar o governo de Geraldo Alckmin. Agora eu faço uma pergunta: existe a teoria da conspiração? Uns dirão que sim, já outros responderão que isso é uma justificativa de quem não consegue ter competência para resolver os problemas, que assolam o seu Estado. As tarifas paulistas passaram de R$ 3,00 para R$ 3,20, o que gerou todo esse movimento popular de revolta e quebra-quebra. Eu lhe faço outra indagação: se esses manifestantes morassem em Cabo Frio e pagassem o que nós, cabo-frienses, pagamos para andar de coletivo, aconteceria coisa pior? Acredito que não sobraria pedra sobre pedra. Por que em Cabo Frio o povo nunca se manifestou sobre a cobrança abusiva das passagens dos coletivos municipal e intermunicipal? Seria algo, político? Sinceramente, não sei. Diz o folclore da cidade, eu disse bem, o folclore, não sabemos se é verdade ou mentira, porque nunca vimos, só ouvimos falar, que cada vereador mais o prefeito, ganham um carro e algumas quantias em reais para votarem a favor do reajuste da passagem do município, com um valor estipulado pela concessionária prestadora do serviço. Será verdade? Realmente, não sei, pois nunca presenciei tal fato, e também nunca encontrei alguém que provasse tal coisa. Verídico ou não, o certo é que a tarifa em nossa Região é caríssima. Quem pode resolver isso? O poder público, é claro. Não adianta colocar a R$0,50 centavos e pagar a diferença dos R$ 2,80 com o cofre do contribuinte, retirando o restante do dinheiro dos nossos impostos. É preciso cobrar o preço justo. Se você estiver com pressa e embarcar no Arraial, da Teixeira e Souza até o centro, você terá que desembolsar R$ 4,00, mesmo não tendo entrado no ônibus em Arraial do Cabo, isso é errado, porque você andou menos do que aquela pessoa, que embarcou no ponto de partida daquela linha. Tudo precisa ser revisto, portanto, é preciso falar em altos falantes para que nossos representantes possam nos ouvir, para ao menos tentarem solucionar esse nosso problema crônico. Sem violência, é óbvio, porém com organização e civilismo, porque quem não reclama, chora na cama.
Luiz Claudio Junior
Jornalista