Por que as celebridades da TV e do futebol entram para o mundo da política? Eles se candidatam para tentar mudar o país? Ou colocam seus nomes à disposição dos eleitores, por causa da situação financeira que vivem atualmente? Essas perguntas martelam a cabeça do cidadão consciente do seu voto, e claro, as mentes dos políticos, digamos assim: “normais”. O político normal é aquele que não tem programa de televisão, não é integrante de nenhum humorístico ou nunca foi jogador de futebol. Segundo alguns parlamentares, a concorrência com os famosos é desleal, porque eles sempre estão na mídia, ao contrário de outros candidatos. O parlamentar mais polêmico do Brasil é sem dúvidas, o Baixinho Romário, suas brigas com a CBF e com a organização da Copa do Mundo, agita o noticiário brasileiro. Isso põe o nome do ex-jogador na boca do povo e das matérias jornalísticas, suas polêmicas são pautas deliciosas para qualquer jornalista, pois suas frases são quase sempre de efeito. A quantidade de gente conhecida do grande público, que ocupa algum cargo eletivo é grande: Tiririca, Bebeto, Roberto Dinamite, Wagner Montes, Agnaldo Timóteo, Stepan Nercessian e por aí vai. Será que o brasileiro leva mesmo a sério o pleito eleitoral? Essa indagação procura uma resposta na minha cachola. Vale a pena votar no Zico, só porque ele foi o maior ídolo do Flamengo? É correto votar na Deborah Secco, só porque ela é uma ótima atriz e fez personagens importantes nas novelas? É certo eleger aquele apresentador engraçado do rádio? Enfim, até agora nenhum deles mudou nada na nossa sociedade, ela continua injusta e desigual para os mais pobres. Então, em quem confiar? Não sei. Mas ainda temos pessoas honestas no meio dessa politicagem que vivemos, nisso eu ainda acredito.
Por Luiz Claudio Junior
Jornalista