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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Akhenaton na visão dos Rosacruzes

Akhenaton e o Monoteísmo no Antigo Egito
Amenhotep III, governante do Egito durante o Reino Novo, reinou por volta de 1380 a.C. Durante o seu governo resgatou o culto a um deus pouco lembrado em terras egípcias: o deus Aton, divindade relacionada ao disco solar. Assim, durante seu reinado templos foram edificados em honra a Aton e o nome da divindade passou a integrar os cartuchos da família real.
Em 1352 a.C. Amenhotep IV assumiu o governo do Egito. Herdeiro de Amenhotep III, foi responsável por uma grande revolução religiosa, política e social: instaurou o monoteísmo no Egito, tornando Aton o único deus oficial e abandonando a crença nos demais deuses que formavam o panteão egípcio.
Mediante esta mudança, o faraó alterou seu nome para Akhenaton, que significa “agradável a Aton”. Passou a ser considerado filho do “disco solar”, afirmando, assim, o seu status divino. Dessa forma, Aton apenas poderia ser adorado através dos cultos prestados também ao faraó.
Como parte das mudanças que realizou no Egito, criou uma nova capital no centro do território e batizou-a de “Akhetaton”, que significa “o horizonte de Aton”. O faraó mudou-se para a nova capital com toda sua corte. Além da residência real e uma área destinada à moradia dos operários, templos foram construídos em homenagem ao deus.

Outra mudança evidente que ocorreu no governo de Akhenaton foi a alteração artística. Antes as imagens dos faraós eram realizadas através de uma simetria perfeita, bastante diferente das de Akhenaton e sua família. O faraó passou a ser representado de modo naturista, com formas mais arredondadas. Na arte deste período, as pessoas, principalmente os membros da família real, eram apresentadas com crânios alongados e os quadris salientes. No caso das imagens de Akhenaton, alguns pesquisadores afirmam que têm relação com a mensagem divina que as suas representações transmitiam, já que, como representante da divindade, nele se manifestavam tanto as faculdades masculinas quanto as femininas.
Outra questão importante são as representações do faraó na companhia de esposa e filhas, sempre adorando e realizando oferendas a Aton. Nessas os membros da família real estão sob o disco solar e os raios que dele emanam terminam em forma de mãos que oferecem o ankh – símbolo da vida. Essas cenas familiares reforçavam a relação do rei com o deus, e se tornavam mais compreensíveis para o restante da população.

Não se sabe ao certo qual era a função de Nefertiti no governo de Akhenaton. Há autores que afirmam que Aton, o faraó e a rainha seriam a principal tríade religiosa do antigo Egito durante este período.
A religião monoteísta organizada por Akhenaton durou apenas o período de seu governo. Quando o faraó faleceu o culto a Aton morreu com ele.


1.Estátua colossal do faraó Akhenaton. Museu Egípcio Nacional, Cairo - Egito.
2. Decoração do palácio real em Tel El-Amarna, representando patos num pântano. Museu Egípcio Nacional, Cairo - Egito.
3. Busto da rainha Nefertiti, esposa de Akhenaton. Museu Egípcio de Berlim, Alemanha.
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4. Estela com representação da família real, tendo ao centro a representação do deus Aton. Museu Egípcio de Berlim, Alemanha.
5. Estela de Akhenaton e sua família adorando o deus Aton. Museu Egípcio Nacional, Cairo - Egito


Fonte: http://www.amorc.org.br/destaques/destaque12.html